terça-feira, 29 de dezembro de 2015

DE ACTORES A HERÓIS DE PAPEL (10) - WOODY ALLEN

Woody Allen (1935)
De origem judaica, Woody Allen (de seu nome próprio Allen Konigsberg) nasceu em Nova Iorque a 1 de Dezembro de 1935.
Um tanto mulherengo, cedo começou a aventurar-se pela carreira das artes. Autor, realizador e actor (em mais de quarenta películas), teve a sua fenomenal estreia no filme “O Que Há De Novo, Gatinha?”, realizado em 1965 por Clive Donner de uma história que o próprio Allen escrevera. Neste filme, verdadeiro monumento de paródia, para além de Woody Allen, conta-se um elenco de luxo: Peter Sellers, Peter O’Toole, Romy Schneider, Capucine, Paula Prentiss, Ursula Andress, Eddra Gale, Jean Parédès, Michel Subor, etc. Uma comédia irresistível!

Mas na extensa filmografia de Woody Allen, quase sempre como realizador e actor, demarcam-se outras várias películas de êxito, como “O Inimigo Público”, “Bananas”, “O Herói do Ano 2000”, “Annie Hall, “Nem Guerra Nem Paz”, “Manhattan”, “Quase Um Gigolo”, etc.


Algumas vezes, Allen abordou a vertente séria e dramática, mas é como cómico que ele é mais admirado pela generalidade dos cinéfilos.
A sua popularidade não escapou à Banda Desenhada. Alguns desenhistas o agarraram nesta vertente, como Joe Marthen...


Tiras de "Woody Allen", por Joe Marthen

...Debe 660...
"Woody Allen" numa tira de Debe 666
...ou Maumont.
"Hipocondria", tira de Maumont com "Woody Allen" como protagonista

Mas o seu desenhista por excelência foi Stuart Hample que, sob publicação da King Features, elaborou tiras de 1976 a 1984. Maioritariamente foram depois reunidas em álbum.
Prancha de "Inside Woody Allen", por Stuart Hample

Tira de "Woody Allen", por Stuart Hample
Tira de "Woody Allen", por Stuart Hample

Prancha de "Inside Woody Allen", por Stuart Hample
Woody Allen na Banda Desenhada foi publicado no Brasil e também na Argentina, onde Carlos Trillo (argumentista) e Osvaldo Pérez d'Elias (desenhador) criaram, nos anos 70, a série "Detectives' Studio", que retrata as aventuras de Allen Woodis (personagem-detective obviamente inspirado em Woody Allen), contracenando com figuras do mundo do cinema como Sophia Loren, Laurel e Hardy, Frank Sinatra, entre outros.



A terminar, duas notas: a primeira para dizer que Woody Allen foi também personagem num episódio da série de animação "The Simpsons"...

...e a segunda para destacar uma caricatura deste actor - no meio das milhentas que podemos encontrar na net -, pelo extraordinário ilustrador Pablo Lobato.
Caricatura de Woody Allen por Pablo Lobato

sábado, 26 de dezembro de 2015

NOVIDADES EDITORIAIS (85)

LE SUPPLICIÉ - Edição Soleil. Autores: argumento de Sylvain Cordurié, traço de Stéphane Bervas e cores de Guillaume Lopez.
“Le Supplicié” é o sexto tomo da série “Oracle”.
Esta bela colecção-BD continua a fazer-nos viajar pela extensa e maravilhosa Mitologia Grega, se bem que com certas e convenientes variantes.
Em “Le Supplicié” (O Supliciado) conta-se a lenda de Sísifo, o astuto mortal mais odiado pelos deuses do Olimpo. Foi condenado por Zeus a empurrar um pesado rochedo pela encosta acima de uma colina um tanto íngreme e áspera, mas quando quase atingia o cume, o rochedo vinha por aí abaixo e o suplício recomeçava.
Oráculo relata a Homero (então ainda jovem) a história de Sísifo, que arranja artimanhas e determinadas  alianças para combater Zeus e outros deuses aliados...
Muito interessante toda a arte gráfica deste álbum.


PATAGÓNIA - Edição Polvo. Argumento de Mauro Boselli e grafismo de Pasquale Frisenda, e ainda, um prefácio de José Carlos Francisco.
Este álbum é uma deslumbrante surpresa: da interminável série “Tex”, se não é o melhor episódio (bem longo) de todas as narrativas de Tex Willer, anda bem perto disso. Claro que o argumento tem as suas fantasias, “quase anedóticas”, como por exemplo: Tex Willer e seu filho Kit, trocam as pradarias do Far West norte-americano pelas pampas argentinas, onde está em curso uma complicada guerra, na qual não faltam barbaridades e mortes atrás de mortes...
Mas o que há em nobre força neste álbum é o magnífico e espectacular grafismo a preto-e-branco de Pasquale Frisenda, talvez o mais belo grafismo que até hoje encontrámos em relação a Tex. Com um senão: Kit está tão subitamente adulto que, por vezes, mais parece o irmão gémeo e não o filho de Tex...
De resto, aplausos plenos a Frisenda!


HYVER (1709) / 1 - Edição Glénat. Argumento de Nathalie Sergeef e Philippe Xavier, traço de Philippe Xavier e cores de Jean-Jacques Chagnaud.
É uma dramática e extraordinária aposta pela BD de uma situação trágica sofrida pelo povo francês, por esse ano de 1709, no reinado de Louis XIV.
Pior do que a quase interminável guerra em vigência, é o flagelo que castiga a França, um inverno cruel e sem contemplações: o frio, o gelo, a fome, as mortes, a decadência... O inverno é implacável e não escolhe quem vai justiciar!
Nesta breve série que terminará no segundo tomo, o aventureiro Loys Rohan, vai proceder, de certo modo, como um “bom samaritano” e tentar que um carregamento de trigo seja entregue incólume às necessidades urgentes do Reino de França...


MISSION ANTARCTIQUE - Edição Casterman. Argumento de Chistophe Alvès e grafismo de François Corteggiani. É o 26.º álbum da série “Lefranc”, criada por Jacques Martin, da qual ele só desenhou os três primeiros tomos, mantendo-se porém, por largo tempo, como argumentista.
A série”Lefranc” nunca teve o devido impacto popular pelos nossos bedéfilos, sempre só atentos à de “Alix”...
Entre altos e baixos, este é um dos mais conseguidos tomos em relação aos mais recentes. Estará este novo fôlego na consequência perita do argumento de Alvès e da bela arte de Corteggiani? Talvez...
O certo é que “Mission Antarctique” entusiasma bem o leitor. E a velha e lendária ideia, mistificada, de que no subsolo da Antártida existe uma base de extraterrestres, aqui tal “maluqueira” por comprovar, é uma sinistra base de hitlerianos que têm o seu temível “disco voador”!... E, se for assim... Uma hipótese a provocar acesos debates entre os entusiastas do tema.
De resto, por aqui reaparecem, o “eterno” inimigo de Lefranc, que é o famoso e tão desleal Alex Borg  (agora sem barba e de visual um tanto cativante) e o adolescente protegido de Lefranc, Jeanjean.
Porém, será que Lefranc, enquanto sofria as “passinhas do Algarve” na Antártida, só por lá viu, só e apenas...pinguins, como ironicamente afirma na última vinheta?!... 
LB

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

BREVES (19)

BOAS FESTAS
Tira de "RIbanho", publicada no "Diário do Alentejo" (23.12.2005)
O BDBD deseja a todos os seus amigos um Bom Natal e um Ano Novo melhor do que o que agora termina. E com muita banda desenhada, se possível :)






"LE COMBAT ORDINAIRE", O FILME
Passou recentemente ao Cinema, já com versão em DVD, a obra-BD “Le Combat Ordinaire” de Manu Larcenet, publicada em 2003 pela Dargaud Éditeur.
O filme tem realização de Laurent Tuel e, como principais actores Nicolas Duvauchelle, Maud Wyler, André Williams e Jeremy Azencott.
Será que o veremos em Portugal?
Trailer de "Le Combat Ordinaire"




BDBD NO FACEBOOK
O BDBD volta a ter uma página oficial no facebook.
Deste modo, os posts do nosso blogue poderão chegar mais longe e a mais leitores.
Podem consultar a página procurando em www.facebook.com/bloguedebd




ANIVERSÁRIOS EM JANEIRO 
Ilustração de J. Bone
Dia 02 - Jukka Murtosaari e Rui Abrantes
Dia 08 - Rá
Dia 09 - Helder Carrilho e João Fazenda
Dia 10 - Paula Pina e Felicisimo Coria
Dia 13 - Jartur Mamede
Dia 16 - Didier Convard
Dia 17 - Miguel Peres
Dia 19 - Ricardo Cabral
Dia 22 - Zé Manel
Dia 24 - Carlos Rico
Dia 28 - Dany

domingo, 20 de dezembro de 2015

SÉRIES DE TIRAS BD (2) - DILBERT

Criada em 1989 pelo cartunista norte-americano Scott Adams, Dilbert é uma das séries de tiras de maior sucesso em todo o mundo.
Scott Adams foi, durante anos, funcionário da Pacific Bell, como economista, e isso deu-lhe uma enorme «bagagem» para criar Dilbert, onde desenvolve temas empresariais, burocráticos ou de negócios que fazem as delícias de milhões de leitores
Em 1995, Adams deixou a Pacific Bell e passou a dedicar-se por inteiro aos cartunes, coisa que os seus leitores, evidentemente, agradecem até hoje.
Com um traço minimalista e um humor corrosivo, Dilbert é uma série publicada em mais de 2000 jornais e revistas, em 70 países, e traduzida em 23 línguas! 
CR








quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

A VIDA INTERIOR DAS REDAÇÕES DOS JORNAIS INFANTO-JUVENIS na memória de José Ruy (adenda ao n.º 14)


Adenda ao artigo 14) Clique & Flash

Satisfazendo a curiosidade do nosso leitor A. Santos, aqui deixo mais umas curiosidades sobre a parelha «Clique & Flash» cujas aventuras foram publicadas no «Tintin» português.
Efetivamente, o episódio da visita a casa do Vasco Granja foi feita pelo repórter Clique e seu assistente Flash, como se mostra nas páginas que acompanham este texto. A curiosidade está na reação do Vasco Granja a esta história.
Como já contei no BDBD, esta série foi idealizada pelo Diniz Machado para criar condições destes «heróis» de BD se tornarem título de revista, a substituir o de «Tintin», quando se concretizasse o colapso inevitável. Essa nova revista teria só colaboração portuguesa, para evitar a saída de divisas e a dificuldade em pagar os direitos para fora do País.
Foi-me dada «carta-branca» para criar os episódios, que se baseavam nas figuras da redação do «Tintin», com muita ficção, para dar o tempero necessário de modo a chamar a atenção dos leitores.
Convinha integrar o Vasco Granja nas histórias, pois era na altura figura conhecida pelos programas de cinema de animação que apresentava na RTP.
Como todos os outros episódios, este era completamente louco e inventado. A casa do Vasco Granja não tinha um pé direito tão elevado, mas a quantidade de livros e revistas de BD era considerável, pois mantinha pacotes na varanda, por já não caberem no interior da habitação.
O que o Vasco Granja não gostou, foi que eu dissesse que estava atrasado na entrega dos seus artigos para publicação, pois realmente entregava o material em lotes que dava para vários números.
Mas era um caso de humor, para criar a situação em que as duas personagens precisavam de ir a sua casa buscar os textos.
Então ficou aborrecido comigo dizendo que os leitores assim ficavam com uma ideia errada dele, que nunca falhava nas entregas.
Com o passar do tempo passou-lhe o amuo.
Formávamos uma equipa coesa e eramos amigos de verdade.
Como resultou esta tentativa de transformar o «Tintin» na revista «Clique & Flash», sabem já pelos artigos que escrevi.
José Ruy

domingo, 13 de dezembro de 2015

BREVES (18)

COLÓQUIO JOSÉ RUY

O Clube Português de Banda Desenhada (CPBD) promove no próximo dia 19 de Dezembro, Sábado, pelas 15:30 horas, na sua sede oficial (Av.ª do Brasil, 52-A, Amadora) o colóquio "Um Autor, uma Obra - José Ruy e a Peregrinação".
O próprio José Ruy guiará o público numa viagem pela obra de Fernão Mendes Pinto, através da sua versão em banda desenhada, que leva já várias edições publicadas. 
Iniciativa, obviamente, a não perder e que vem confirmar o já anunciado "renascer" - que efusivamente saudamos - do CPBD, após um longo período de letargia.

CALENDÁRIO GICAV
O Gicav (Grupo de Intervenção e Criatividade Artística de Viseu) organizou, em Agosto último, uma exposição de cartunes e ilustrações sobre Viriato, conforme demos conta nessa ocasião.
Essas ilustrações e cartunes (vinte e uma no total, assinadas por autores nacionais - veteranos e "novatos") foram agora inseridas num calendário de mesa, editado também pelo Gicav.
Eis uma forma bem original de perpetuar a homenagem a esta figura ímpar da História de Portugal, que tanto diz a Viseu.
Bravo, Gicav!

EXPOSIÇÃO "BD FACEBOOK - A CULPA É DO LIKE"

Continua a decorrer até 31 de Março, na Bedeteca da Amadora, a exposição "BD Facebook - A culpa é do like", que reflecte o uso da internet, como berço de publicação de banda desenhada.
Baseada no trabalho de quatro autores cujas obras publicadas recentemente partem deste universo, a exposição mostra-nos a obra de Sara-a-Dias, «A minha mãe acha que fui trocada à nascença», Fernando Caeiro, «As crianças são muito infantis», Miguel Montenegro, «Psicopatos - Entre loucos quem tem juízo é pato», e do autor anónimo que criou «A Criada Malcriada».







ANIVERSÁRIOS EM DEZEMBRO

Hoje, dia 13: José Carlos Francisco (do blogue português do "Tex") e Leo 
No dia 17: Fabrice Néaud
No dia 21: Jean De Mesmaeker (Jidéhem)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

NOVIDADES EDITORIAIS (84)

LES DÉMONS DE SPARTE - Edição Casterman. Autores: argumento de Valérie Mangin, traço de Thierry Démarez, cores de Fabien Alquier e prefácio de Numa Sadoul, segundo a série-obra original de Jacques Martin.
“Les Démons de Sparte” é o quarto tomo da extraordinária série “Alix Senator”.
A Hélada (ou Grécia) está subjugada ao Império Romano, o que não implica que esteja conformada. Ante isto, Roma deseja apossar-se dos livros sibilinos do Oráculo de Delfos... O mais precioso deles está “desaparecido”...
Alix, cinquentão e senador, é enviado à Grécia para desvendar e resolver o mistério do assassinato de um emissário romano. E terá de enfrentar uma certa e impiedosa guerrilha de Esparta...

 
PSICOPATOLOGIA PARA TODOS - Edição  Arcádia. Autor: Miguel Montenegro.
Este é o segundo tomo da hilariante série “Psicopatos - Entre Loucos, Quem Tem Juízo É Pato”.
Se com o primeiro tomo já bem nos tínhamos divertido, com este, vai-se mais longe, num espantoso delírio de humor produzido pela arte e saber de Miguel Montenegro.
E não é um humor ou um sarcasmo gratuito, nada disso. Através das imensas tiras do álbum, deparamos com uma corajosa e irónica crítica a situações e gentes que abundam ridiculamente na realidade quotidiana.
A ler com atenção, juntando à risota, bons aplausos a Miguel Montenegro.

COLAPSO - Edição Asa. Autores: argumento de Philippe Graton e Denis Lapière e arte de Marc Bourgne e Benjamin Benéteau, segundo a série original de Jean Graton, “Michel Vaillant”.
Nesta segunda fase, é o quarto tomo e nele deparamos com uma situação bem negra ante o “império Vaillant”: Jean-Pierre (o irmão de Michel) fez um negócio errado, pior, foi bem enganado e traído. A grande e invejável empresa Vaillant parece falida ou, até mesmo, quase inexistente.
Será que, no fim deste episódio, Jean-Pierre se suicida mesmo apesar de seu irmão Michel, desesperadamente, o tentar segurar?

 
SOLO - Edição Lombard. Autores: argumento de Emmanuel Herzet, traço de Eric Loutte e cores de Didier Ray e Christian Goussale.
“Solo” é - finalmente! - o segundo tomo da série “Alpha - Premières Armes” (não confundir com a série original e paralela, “Alpha”, que continua).
Esta nova série foca os primeiros actos de coragem e de treino do jovem militar Dwight Tyler, que, para além da sua natural bravura, é teimoso e gosta de ser independente... Pois sim!
A CIA topou-o e não o larga na sedução de o apanhar... Ele resiste, mas mais lá para diante, irá tornar-se mesmo no audacioso agente sob o nome de código de “Alpha”.
LB

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

EXPOSIÇÃO DE EUGÉNIO SILVA


Conforme noticiámos há algum tempo, foi inaugurada uma exposição de aguarelas e de alguma banda desenhada de Eugénio Silva, no passado dia 1 de Dezembro, no Forum do Barreiro. Estará patente até 3 de Janeiro, abrindo todos os dias às 11 horas e encerrando às 19, excepto às sextas e sábados, que encerra às 20 horas.
Estão patentes dezasseis belíssimas aguarelas (também vendáveis) focando aspectos do Barreiro antigo. Na parte BD, alguns exemplos, em uma prancha: “Inês de Castro”, “Forja”, “José do Telhado”, “Wari-Wulf” (com texto do malogrado francês Ludovic Joffrain, que devido ao seu repentino falecimento em 2008, ficou incompleta), “No Tempo dos Afonsinhos”, “Eusébio, o Pantera Negra” (com o
respectivo álbum à venda no local), “A Perfeição” e a “prancha-piloto” elaborada para o projecto de “A História do Barreiro em BD”.
Para além de Eugénio Silva, como anfitrião, Miguel Ramos, que é o director comercial do Forum (e em tempos, também desenhista).
Muitos visitantes em demorada apreciação de todos os trabalhos (Pintura e BD) expostos. O BDBD esteve lá, na pessoa de Luiz Beira, bem como a directora do grupo editorial Babel, Maria José Pereira, e o jovem pintor e cenógrafo barreirense Ricardo Nunes.
A cidade do Barreiro, banhada pelo Tejo e o seu afluentezinho Coina, não é assim tão longe... Merece um passeio-visita, sobretudo a esta exposição sobre as artes de Eugénio Silva.

Exemplo de uma das aguarelas expostas
Parte do espaço BD
Miguel Ramos, Eugénio Silva e Luiz Beira
Eugénio Silva, Maria José Pereira e Miguel Ramos