terça-feira, 8 de março de 2016

A ILHA DO CORVO QUE VENCEU OS PIRATAS (2)




A Ilha do Corvo (Açores)



A Ilha do Corvo é a mais pequena e a que está situada mais ao Norte do Arquipélago dos Açores, sendo talvez a mais isolada da Europa. Tem uma área de 17 quilómetros quadrados e é formada por um só vulcão.
Foi descoberta por volta de 1450, mas o seu povoamento só se iniciou no século XVI, por não ter um porto seguro. A sua linha costeira é extremamente rochosa formada por falésias escarpadas. Os bancos de areia e recifes sempre constituíram um perigo para a navegação.
Era com frequência assolada por piratas, que em certa época a utilizavam como refúgio, exigindo dos corvinos assistência aos seus barcos e alimentação em troca de «proteção».
Mas no século XVII os ilhéus fizeram frente a um forte ataque de 10 naus turcas vindas da Argélia, o que deu origem a uma história fantástica, que o vigário nessa altura a residir na Ilha passou a escrito, sendo logo pouco depois impressa em folheto avulso. Parece tratar-se de um dos primeiros documentos históricos redigidos na própria Ilha do Corvo.
O documento, que chegou aos nossos dias, é este:
E é este acontecimento que o coordenador do Ecomuseu do Corvo, Eduardo Guimarães, me desafiou a fazer em Banda Desenhada, numa iniciativa apoiada por várias entidades para materializar este projeto. São elas a Biblioteca Municipal do Corvo, Câmara Municipal do Corvo, Santa Casa da Misericórdia do Corvo e a Direção Regional da Cultura.
Mas ao tomar conhecimento de como viviam os corvinos no século XVII propus-me, para além de narrar o acontecimento criar um romance, conseguindo assim a oportunidade para mostrar a situação tão desprotegida da população, cuja sobrevivência era uma verdadeira epopeia.
E assim nasceu «A Ilha do Corvo, que venceu os Piratas».
Mostro a seguir a segunda prancha ainda só esboçada, remodelada com o resultado da minha deslocação à Ilha, devido aos novos elementos que ali colhi.

Durante a permanência nessa acolhedora Ilha do Corvo, a equipa do Ecomuseu assinalou a minha atividade no local de uma maneira curiosa e cheia de humor, também à maneira de Banda Desenhada:


Tal como eu, os corvinos divertiram-se com este arranjo gráfico, e realmente participaram calorosamente, como vos contarei neste local, nos próximos episódios.

José Ruy
30 de janeiro de 2016 

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